O jogo das lamentações

Você viu o jogo de ontem entre Brasil e Argentina? Não? Infelizmente não perdeu nada. Há muito tempo que não via essas duas forças do futebol mundial jogarem tão mal. O que era para ser uma festa no Mineirão se tornou um grande fiasco, com direito a vaias e técnico chamado de burro. A torcida compareceu e lotou o estádio, mas quem não apareceu foi a nossa seleção. É nesses dias que grandes seleções vêm a cabeça como, por exemplo, a de 70, 86, 2002, e até mesmo a de 94, que não foi uma super seleção, mas mostrou empenho em todos os jogos que disputou.

Robinho, Adriano e companhia jogaram sem vontade alguma. O único que jogou bem enquanto esteve em campo foi o volante Anderson. Só que para sua felicidade ou infelicidade ele se machucou e saiu, não participando da vaia coletiva que a equipe levou no fim do jogo. Tenho notícias que a torção de joelho do jogador não é nada grave e ele está confirmado para as olimpíadas de Pequim. Agora voltando ao futebol, parece que a inexperiência do técnico Dunga está contagiando os jogadores e levando-os a esquecerem seus futebóis que os colocaram na seleção. Mas parece que não é só a equipe canarinho que esta no fundo do poço, os argentinos entraram na nossa dança e estão contemplando a mesma música fúnebre. Depois de um empate contra o Equador e o Brasil, a seleção argentina está em segundo lugar atrás do Paraguai

Analisando a tabela da eliminatória, constatamos que com o Paraguai em primeiro, Argentina em segundo, Colômbia em terceiro e Brasil em quarto, algo mudou no mundo da bola na América do Sul. Precisamos agora é saber se foram os times de menos expressão que melhoraram o nível de seu futebol ou foram os tradicionais que caíram de nível vertiginosamente. Eu prefiro pensar que foram os pequenos países da bola em nosso continente que melhoraram com passar dos anos.

Fica aqui a nossa reza para que a seleção brasileira volte a jogar aquele futebol mágico e contagiante. Futebol este que tira por 90 minutos as nossas atenções das preocupações do dia a dia.